São Gabriel

Compartilhar

No mês de conscientização sobre o autismo, especialista destaca a importância do diagnóstico precoce

Dados do Sistema de Informação Ambulatorial (SIA), do Ministério da Saúde, mostram que o Brasil realizou, recentemente, mais de 9,6 milhões de atendimentos a pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA), sendo que aproximadamente 50% desse público foram crianças com até 9 anos de idade. A síndrome cada vez mais vem sendo identificada, mas ainda é um desafio para muitos que não conhecem sinais que identificam o espectro.

“O autismo é um transtorno que altera o funcionamento cerebral e faz com que o indivíduo diagnosticado perceba, visualize e viva o mundo de maneira atípica. Os principais sintomas são: alterações qualitativas das interações sociais e das formas de comunicação e limitações em termos de comportamento”, explica o neurologista credenciado ao cartão saúde São Gabriel, Franciardson Bezerra. O autismo costuma ser identificado quando a criança tem entre um ano e meio e três anos, sendo assim, é importante que os pais observem os sinais e que procurem, desde cedo, um profissional.

O médico afirma que o diagnóstico do TEA se dá através de exames e acompanhamento clínico e, quanto antes identificado, melhor, uma vez que as intervenções para estimular a melhoria de habilidades sociais e de comunicação se tornam mais eficazes. “As terapias multidisciplinares com o neuropsicólogo, neuropsicopedagogos, fonoaudiólogos e terapeuta ocupacional fazem parte da abordagem inicial para tratamento. Ainda podem ser usados medicamentos e solicitados auxílio de outros profissionais, dependendo do nível de suporte necessário em cada caso”, ressalta.

O diagnóstico precoce, além de beneficiar e melhorar a qualidade de vida da criança com autismo, também é essencial para os pais que, através desse reconhecimento, podem não só garantir o tratamento clínico, como também, promover uma rotina social e educacional adequada. Oferecer uma assistência especializada e ter conhecimento do transtorno, sem estabelecer preconceitos, é essencial para favorecer a autonomia e inclusão de pacientes com autismo na sociedade.